quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Cada um escreve sua História...

Ana Gabriela Ribeiro Pessoa


 “Poder ajudar e conquistar a confiança de alunos com dificuldades e fazê-los  acreditarem neles mesmos, é a melhor parte de ser professor.”

   
P
ara falar da minha escolha profissional ou dos momentos importantes como professora tenho que falar de muito antes do momento que escolhi o curso durante a inscrição dos vestibulares.
                Eu costumo brincar com os alunos que já dava aulas antes mesmo de nascer, minha mãe começou  a dar aulas quando estava grávida de sete meses. E durante 17 anos, ser professora era a minha última opção.
                Quando criança brincar de escolinha era mais uma tortura que brincadeira. Nos primeiro anos de escola posso afirmar que não era uma das melhores alunas, por alguns motivos que hoje me parecem muito claros, como a hiperatividade e a dislexia.  Odiava ler, fui começar a ler e aprendi  a  gostar quando li em um jornal que para ser um bom jornalista deveria se ler, então o que era uma castigo se tornou um dos meus maiores prazeres.
                 Até conhecer a química no primeiro colegial, história e geografia eram minhas matérias favoritas. Então decidi largar o jornalismo e ser química. No terceiro colegial descobri que teria que estudar física na faculdade e voltei ao jornalismo e aos livros de literatura. Minha paixão pela literatura fez que eu escolhesse outro caminho. Então durante a grande dança das carreiras prestei Letras, História, Direito e Fisioterapia.
                Apesar de todos acharem que eu deveria fazer Direito por minha facilidade de falar e argumentar, optei por Letras na PUC de SP, onde me falaram que a culpa de escolhido Letras – Português era da minha mãe que não permitiu que eu tivesse aula com outros professores de português.
http://mensagens.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/poetas-do-amor/poetas-do-amor-14.png                Mas o mais importante da faculdade foi ter descoberto o que eu realmente queria - ensina Literatura e Produção de Texto.  A literatura é algo que inexplicavelmente me acontece. Poder ensinar a arte que se realiza através da palavra escrita, é incrível.
                A aula de produção de texto deveria se chamar aula de imaginação, afinal escrever é usar a imaginação. Combinaria muito mais aula de imaginação do que produção textual.
                Depois da faculdade vim dar aula no Marianinha onde ainda leciono. No primeiro ano como professora eventual, durantes três anos como professora de recuperação paralela e de ensino regular. Como professora de recuperação paralela tive meu momento mais inspirador, conseguir alfabetizar um aluno com autismo, diagnosticado apenas ao fim do ano.

                Poder ajudar e conquistar a confiança de alunos com dificuldades e fazê-los  acreditarem neles mesmos, é a melhor parte de ser professor.

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